janeiro 06, 2013

Insatisfação santa

É certo que o apóstolo Paulo estava satisfeito com Cristo; porém, não com a sua vida cristã. Isso não significa que ele havia feito pouco, afinal de contas, não foram muitos os que fizeram o que Paulo fez pelo evangelho. Entretanto, ele não se vangloriava de suas realizações e proezas; tampouco permitia que seus insucessos atrapalhassem sua caminhada cristã.

Isso é bem perceptível em seus escritos aos Filipenses 3:13-14. Nesses versículos, Paulo não julga ter alcançado a perfeição e, esquecendo-se das coisas que pra trás ficam, avança para as que estão diante dele.
Olhar para trás torna o nosso progresso espiritual mais lento e ilude a nossa condição espiritual. Nisso, corremos o risco de pensar que tudo está muito bem, que somos cristãos exemplares, podendo esses sentimentos transformarem-se em soberba ou em altivez de espírito, os quais nos levam a acreditar que somos melhores do que verdadeiramente somos.
Por outro lado, o apego à lembrança dos insucessos e o não confessar dos pecados perante Deus estagnam nossa vida, e nos fazem acreditar que somos mais miseráveis do que a realidade, sem direito ao perdão de Deus, à redenção nEle e ao relacionamento com Ele.
Por isso, a “insatisfação santa” é um elemento essencial que nos impulsiona na vida cristã, pois sempre queremos mais de Deus, que com certeza tem muito mais do que se imagina para nos entregar. Essa atitude de maneira nenhuma mudará o nosso passado, mas com certeza mudará o seu significado, ou seja, a nossa maneira de encarar os acontecimentos. 

Em Cristo,

Paulo Sérgio Miguel  

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