Ao ler nesta manhã o livro Surpreendido pela esperança, de N. T. Wright, deparei-me com um trecho que finalmente resolveu uma inquietação que havia em meu interior. Queria elucidar o paradoxo que há entre a inauguração do Reino de Deus com o nascimento de Jesus Cristo, trazendo o começo da renovação da criação na vida daqueles que o recebem como Senhor e Salvador, e o aumento da maldade dos últimos dias. Algo que eu talvez já tivesse apreendido, mas que ainda não conseguia traduzir em palavras. Acredito no poder da transformação pelo Evangelho. Mas também acredito que o mundo só vai piorar, até a segunda vinda de Cristo. Quanto mais leio a Palavra de Deus, mais entendo a necessidade de se clamar para que o Reino de Deus venha. Mas se por um lado vejo Cristo ensinando o povo a orar “venha o Teu Reino”, por outro lado percebo o inevitável fatalismo da doutrina dos últimos dias. Os cristãos têm certeza da obra futura, mas, em que implica no presente a chegada do Reino de Deus?